Gostaria de fazer alguns esclarecimentos em relação ao artigo de Lea Salonga, Um encantador Ricky Martin as Che Guevara. (Inquiridor, 5/10/12)
Che é uma gíria em espanhol, a língua usada na Argentina e no Uruguai. Significa amigo, companheiro, homem, etc. E porque nós, argentinos, usamos muito essa expressão, somos chamados de che em muitos países da América Latina. Che, assim, tornou-se quase sinônimo de argentino. É comum ouvir na América Central: ¿Tú eres un che? (Você é argentino?)
No caso de Ernesto Che Guevara, o famoso revolucionário argentino, seus camaradas cubanos o chamavam de Che, porque ele usava essa expressão.
Isso explica por que esses dois usos da palavra che causaram muita confusão e erros.Prefeito Isko: Tudo a ganhar, tudo a perder Companheiros de cama separados? O que aflige a educação nas Filipinas
No caso da peça musical Evita, há um grande equívoco histórico: a presença de Che Guevara. Guevara nunca se juntou ao Peronismo (Partido de Peron) e nem foi seguidor de Peron. Nesse sentido, quando Evita faleceu em 1952, Guevara estava a caminho de Cuba.
Ainda que algumas versões do musical Evita apresentem o personagem Che como Che Guevara o revolucionário, o Che ali é mais a representação simbólica dos simples e pobres operários argentinos que amavam e admiravam Evita.
Espero que esta carta ajude a esclarecer o erro usual.
—FR. FACUNDO MELA, FDP,
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